Quanta gente veio me ver!!!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Ana Carolina É isso ai
Uma pequena homenagem a minha cantora preferida.  Ana Carolina

   Tolerância

  Ana carolina
Composição: Ana Carolina e Antônio Villeroy
Como água no deserto
Procurei seu passo incerto
Pra me aproximar
A tempo
O seu código de guerra
E a certeza que te cerca
Me fazem ficar atento
Não me importa a sua crença
Eu quero a diferença
Que me faz te olhar
De frente
Pra falar de tolerância
E acabar com essa distância
Entre nós dois
Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar
Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei
Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar
Como lava no oceano
Um esforço sobre-humano
Pra recomeçar
Do zero
Se pareço ainda estranho
Se não sou do seu rebanho
E ainda assim
Te quero
É que o amor é soberano
E supera todo engano
Sem jamais perder
O elo
E é por isso que te espero
E já sinto a mesma coisa em seu olhar
Deixa eu te levar
Não há razão e nem motivo
Pra explicar
Que eu te completo
E que você vai me bastar, eu sei
Tô bem certo de que você vai gostar
Você vai gostar

domingo, 28 de março de 2010

Dias off !!!

Há dias em que acordamos e nada parece fazer sentido, em que apenas sentimos a solidão e uma tristeza enormes, como se não passassemos de mais uma pessoa no mundo, de alguém indiferenciado...chamo-lhe os dias off.

Nesses dias, como hoje, é como se estivesse fechada para o mundo e para todos, fico em silêncio, só... por vezes enroscada no sofá a ouvir música, ou como hoje, regresso à cama e fecho os olhos, esperando que passe depressa.

Considero-me alguém alegre, lutadora... contudo também tenho uma sensibilidade fora do comum face às outras pessoas, aos acontecimentos e atitudes.
Ser-se sensível a este ponto tem as suas vantagens, ajuda-nos sempre a compreender melhor os outros, a colocarmo-nos no lugar deles, a acarinhá-los e a dar sempre um conselho na hora que mais necessitam.
Mas... como tudo na vida, tem o reverso da medalha...
Em dias como hoje irrito-me profundamente por ser assim, gostava de ser diferente, alguém indiferente e imune. Mas não sou assim... sou sempre aquela que está ali de braços abertos, com uma palavra de conforto a dar, que fica triste por ver o outro triste, que partilha dos seus problemas, e que... face a pequenas atitudes dos outros, fica logo magoada. 
Sou totalmente transparente, isso não é bom, nesses dias ou fases desejo dissimular o que sinto, com uma piada, um sorriso, mas aqueles que me amam verdadeiramente e se preocupam, confrontam-me dizendo de imediato que o meu olhar não mente.  Que posso fazer? Não tenho esse dom.

E uma lágrima desliza pelo meu rosto... uma lágrima de tristeza, de alguma decepção... por alguma incompreensão do outro lado... por não conseguir transmitir o que sou, a minha essência, acho que poucos a compreendem e sentem.
Não sou nenhuma bóia de salvação...embora me realize ajudar os outros em momentos de crise ou alguns problemas, mas sou uma pessoa com um passado, um passado que originou alguns receios, medos, assim como alguma resistência, também tenho sentimentos embora por vezes tenha dificuldade em expressá-los por uma questão de auto-defesa e protecção.
Mas acho que não... para algumas pessoas, e talvez porque dou a impressão errada, porque transmito que ultrapasso tudo, sou apenas a Paula... a Paula que estará sempre ali, quietinha e disponível para quando for necessário... mas não sou... sou muito mais que isso.

E nesses dias... só  queria ficar quieta e esquecer o mundo por um dia, na esperança que o mundo, por um dia, também se esqueça que existo. Mas simultaneamente, guardo uma esperança imensa, um sinal desse mundo ou de alguém, uma chamada, uma carta, um e-mail, um disco, um ramo de flores... que me aqueça o coração e me faça pensar que apesar de tudo ainda vale a pena viver, porque amanhã será um dia melhor e tudo se resolverá.


Fácil de Entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Talvez por não saber o que será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que quero dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer

Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti

[2x]
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender

Lógica, qual lógica?

Acho que nunca vou ser capaz de entender a lógica que define o destino do meu próprio mundo. sou constantemente atropelado por seguir um caminho de onde já estão a regressar todas as outras pessoas. se for eu a descobrir outro caminho, sou derrubado e ultrapassado por toda a gente que quer chegar mais rápido. não encontro conforto na intermitência da minha vida social, nos esporádicos e breves contactos, na fugacidade dos encontros, na competitiva troca de palavras em que se coloca em confronto a miserabilismo do condição humana, na ansiedade de uma próxima vez, nos imponderáveis silêncios e afastamentos, na incerteza do próximo dia. mas recuso, ao mesmo tempo, fazer a auto-promoção necessária para abrir novas portas, nadar em oceanos em vez de rios, percorrer estradas em vez de caminhos... desta forma, continuarei a definhar, dia após dia, na minha inconsequência, num mundo (o real e o virtual) que nunca chega a parar para eu, finalmente, entrar. dia após dia, a mesma ânsia de culpabilização interior, o desboroar lento e previsível de uma indómita vontade de encaixar em algum lado, de fazer parte de alguma coisa. vou escurecendo lentamente, transformando ímpetos em poeira e potenciais sorrisos em taciturnos semblantes, coarctando a minha própria boa vontade. trago comigo, sempre, os meus melhores amigos, a ironia e o sarcasmo, para me defenderem de qualquer invasão ou tentativa de aproximação exterior. se o mundo é um oceano, eu não sei claramente nadar; e quando aprender, tenho a certeza que deixará de existir água... voltarei a chegar tarde demais, como sempre. será sempre esta a minha grande dúvida: não me consigo ou não me quero integrar?
seja no mundo real ou no virtual, a lógica é a mesma.